O que é a síndrome de Eagle?

A síndrome de Eagle é uma condição rara que afeta uma estrutura do corpo chamada processo estilóide, que é um pequeno osso localizado na base do crânio, logo abaixo da orelha. 

Normalmente, ele tem o formato alongado e fino, semelhante a um lápis ou estaca, e serve como ponto de ancoragem para alguns músculos e ligamentos importantes. 

No entanto, em algumas pessoas, essa estrutura pode se alongar mais do que o normal e enrijecer os ligamentos ao redor.

Existem dois tipos de síndrome de Eagle:

  • clássico: quando o processo estilóide alongado (osso maior que o normal) ou o ligamento calcificado causam dor de garganta, especialmente ao engolir;

  • vascular: quando o processo estilóide alongado comprime ou interfere em vasos sanguíneos próximos, como a artéria carótida, causando dores de cabeça ou no rosto. Esse tipo é menos comum, mas pode ser mais complicado devido ao envolvimento vascular.

Embora não seja muito conhecida, a síndrome de Eagle pode se manifestar de forma silenciosa e ser confundida com outros problemas, especialmente na região da boca. 

Por isso, é muito importante manter a saúde em dia e cuidar dos dentes, realizando visitas regulares ao dentista para identificar sinais iniciais ou até descartar outras condições.

Sinais da síndrome de Eagle

A síndrome de Eagle também é conhecida como alongamento do processo estiloide. O processo estiloide é um pequeno osso localizado logo abaixo da orelha. Esse osso pequeno pode causar muita dor decorrente de seu alongamento ou calcificação, comprimindo vasos ou nervos na área e resultando em inflamação. Os sintomas podem incluir:

  • Dor de garganta
  • Dor de ouvido
  • Diminuição da audição
  • Zumbido
  • Dificuldades para engolir ou mastigar
  • Sensação de algo preso na garganta
  • Dor ao bocejar ou virar o pescoço
  • Dor na face

Apenas 4% da população sofre de alongamento do processo estiloide e a maioria dos pacientes é assintomática. A síndrome de Eagle é muito rara, pois estima-se que ocorra em 1 a cada 62.500 pessoas. Segundo o GARD, as mulheres são três vezes mais propensas que os homens a ter essa síndrome.

Diagnóstico da síndrome de Eagle

Em geral, o diagnóstico inclui um longo processo de avaliação para, em primeiro lugar, descartar outros problemas dentários ou de saúde. De acordo com a revista The British Journal of General Practice, o diagnóstico pode incluir anestesia local, não apenas para aliviar a dor, mas também para verificar se outros fatores estão contribuindo para os sintomas.

O médico analisará o histórico médico do paciente para determinar se ele já foi submetido a uma amigdalectomia ou sofreu traumas anteriores na área que possam aumentar o risco, explica um relato de caso na revista Journal of the Korean Association of Oral and Maxillofacial Surgeons (JKAOMS). O médico também fará uma radiografia panorâmica, também chamada de ortopantomografia, para visualizar e avaliar a área.

Tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos

O médico decidirá qual o melhor método de tratamento, com base no caso específico e nível de dor do paciente. A prescrição de medicamentos, que podem incluir analgésicos, anticonvulsivantes, antidepressivos e outros analgésicos, como a gabapentina, é um caminho comum no tratamento não cirúrgico, explica a JKAOMS. O tratamento pode durar no mínimo três meses ou ser um tratamento contínuo para o controle da dor.

Se o tratamento não cirúrgico não estiver funcionando, o médico provavelmente recomendará esteroides, injeções para bloqueio da dor ou cirurgia para remover o osso, de acordo com um relato publicado na revista Journal of Maxillofacial and Oral Surgery. Depois da cirurgia, o médico receitará analgésicos e solicitará que o paciente retorne em sete dias para tirar os pontos.

É preciso tomar um cuidado especial na área da cirurgia. Converse com o médico para obter orientações sobre a escovação e o uso de um enxaguante bucal antibacteriano.

Este artigo tem como objetivo informar e difundir o conhecimento sobre tópicos gerais de saúde bucal. Esse conteúdo não deve substituir a orientação, o diagnóstico nem o tratamento profissional. Sempre procure a orientação do seu dentista ou de outro especialista para quaisquer dúvidas que você possa ter com relação à sua condição médica ou ao seu tratamento.