Cemento é uma das quatro substâncias que formam os dentes. Trata-se de um tecido conjuntivo mineralizado que recobre toda a superfície das raízes dos dentes e que é menos duro que o esmalte, que recobre a coroa. Como as raízes dos dentes ficam escondidas sob a gengiva, o cemento geralmente não é visível acima da margem gengival. De acordo com a Faculdade de Odontologia da Universidade de Pittsburgh, sua principal função é ancorar o dente ao osso alveolar.
Conforme explica o artigo da BMJ Case Reports, a causa exata desse problema não é clara. À vezes, pode ocorrer em pessoas com determinadas doenças, como artrite, febre reumática, acromegalia ou doença óssea de Paget. Em outros casos, o problema pode estar relacionado à deficiência de vitamina A. Também pode ser encontrado em pessoas com problemas bucais, como doença periodontal ou dano dentário causado pelo mau-alinhamento dos dentes. Em geral, a hipercementose afeta principalmente adultos e, de acordo com um estudo publicado na revista Journal of Oral and Maxillofacial Radiology, sua ocorrência aumenta com o avanço da idade.
Segundo o artigo da BMJ Case Reports, as pessoas quase sempre não sabem que estão com esse problema, pois geralmente não há nenhum sintoma. O excesso de cemento pode ser observado em uma radiografia, ou raio-X, e o dentista costuma notá-lo pela primeira vez ao analisar exames odontológicos de rotina. Aparece no raio-X como um espessamento da raiz delineado por uma sombra, conforme esclarece o estudo publicado na revista Journal of Oral and Maxillofacial Radiology.
O artigo da BMJ Case Reports informa que a hipercementose pode afetar um ou vários dentes na mesma pessoa. Os molares inferiores são os dentes mais comumente afetados, mas o acúmulo de cemento também pode ocorrer nos pré-molares superiores e inferiores.
Conforme explica o estudo da revista Journal of Oral and Maxillofacial Radiology, nenhum tratamento é necessário para a hipercementose, mas o dentista provavelmente deve monitorá-la para garantir que não causará nenhum problema. No raio-X, essa condição pode se parecer com outro problema dentário chamado cementoblastoma, de natureza mais grave, pois envolve a formação de um crescimento na raiz do dente, relata um estudo publicado na revista Unique Journal of Medical and Dental Sciences.
O dentista consegue identificar a diferença entre as duas condições, pois o cementoblastoma geralmente afeta jovens com menos de 20 anos, de acordo com o estudo da Unique Journal of Medical and Dental Sciences. A hipercementose é mais comum em pacientes mais velhos. Além disso, o cementoblastoma pode causar dor e inchaço à medida que o crescimento continua a aumentar. Os dentistas geralmente recomendam a extração do dente nos casos de cementoblastoma.
Consultar o dentista para raios-X e avaliações odontológicas regulares ajuda a garantir que qualquer problema dentário que ocorra possa ser detectado e tratado precocemente.
Este artigo tem como objetivo informar e difundir o conhecimento sobre tópicos gerais de saúde bucal. Esse conteúdo não deve substituir a orientação, o diagnóstico nem o tratamento profissional. Sempre procure a orientação do seu dentista ou de outro especialista para quaisquer dúvidas que você possa ter com relação à sua condição médica ou ao seu tratamento.
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