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Você sabia que as doenças bucais atingem cerca de 3,5 bilhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E que as doenças da gengiva (ou periodontais), como a periodontite, estão entre as principais?
A periodontite, em resumo, é uma inflamação mal cuidada que evoluiu para um estágio bem avançado. Por isso, é fundamental saber mais sobre ela, assim como da prevenção e do tratamento.
Neste conteúdo, você vai saber:
como a periodontite se desenvolve;
quais são os sintomas;
relação com a hereditariedade.
Boa leitura!
O começo dessa história é a placa bacteriana. Ao se acumular nos dentes, ela produz toxinas que incomodam a gengiva, gerando uma inflamação.
E essa inflamação, se não for tratada, pode evoluir para uma gengivite. E a evolução da gengivite é justamente a periodontite.
Ou seja, a inflamação se dissemina para o osso e tecidos de suporte dos dentes, deixando-os moles a ponto de precisarem ser extraídos.
Por isso, nenhuma doença da gengiva precisa evoluir até esse ponto. Afinal, a prevenção começa com uma boa higiene bucal.
Embora o inchaço e o sangramento da gengiva sejam os primeiros sintomas de periodontite, existem outros sinais.
Reconhecer e tratar permite interromper a progressão dessa doença antes que ela afete o osso que envolve os dentes.
Assim que perceber alguns desses sintomas, não deixe de marcar uma consulta com o(a) dentista, combinado?
A gengiva inchada é um dos primeiros sintomas, ainda na fase inicial da gengivite.
Ou seja, somente a falta de higiene permitirá que o inchaço se transforme em uma periodontite.
Sem esquecer que o inchaço em si já é um alerta para você procurar o(a) dentista.
Se sua gengiva está dolorida ou com a presença de irritação significa que algo não está bem com a saúde bucal.
A retração gengival é uma das consequências da gengivite e consiste na redução do tecido da gengiva em relação aos dentes, deixando-os mais expostos, podendo causar sensibilidade nos dentes.
O sangramento na gengiva durante a escovação é um dos sintomas de que a gengiva está inflamada.
Se você não adotar hábitos de higiene bucal adequados ou não buscar por cuidados profissionais, o agravamento é quase certo.
A mobilidade dos dentes é um grande indicador de estágio avançado da doença periodontal, pois nesse cenário é mais do que necessária a intervenção de um(a) dentista para garantir que a vitalidade dos dentes não seja prejudicada, uma vez que nesse estágio eles conseguem se deslocar.
O mau hálito frequente ocorre devido à presença de bactérias, restos de alimentos e tártaro (ou cálculo dental, como dentistas chamam), condições que, por sua vez, podem levar à periodontite.
As causas das aftas podem ser inúmeras, mas quando associadas à gengiva inflamada, possivelmente estão presentes em decorrência da má higiene bucal que possibilitou que resquícios de alimentos ficassem na boca, provocando inflamações e infecções.
A presença de pus ou secreção na gengiva é indício de infecção, a qual precisa ser tratada para não prejudicar ainda mais a saúde bucal.
Procure atendimento assim que perceber um sintoma.
O simples fato de você sentir uma condição diferente na sua boca é um indicativo de que é a hora de marcar uma consulta.
Assim, você poderá contar sua história ao(à) dentista para receber uma avaliação e indicação do melhor tratamento.
Os produtos de Periogard, por exemplo, são muito indicados. Isso porque combatem o sangramento da gengiva e eliminam bactérias, deixando a sua boca mais saudável.
Além da escova de dente com cerdas macias e do creme dental, o enxaguante bucal para tratar a gengivite e periodontite é fundamental.
A primeira etapa no tratamento da doença periodontal é uma abordagem não cirúrgica, chamada de raspagem e alisamento radicular (RAR).
O(a) dentista faz esse tratamento, como o nome sugere, raspando e removendo a placa bacteriana e o tártaro dos dentes e superfícies radiculares com instrumentos específicos.
Depois, alisa as áreas irregulares nas raízes para evitar que as bactérias voltem a se acumular facilmente. Às vezes, esse procedimento pode exigir mais de uma consulta.
Além disso, um anestésico local pode ajudar a evitar qualquer desconforto. Após esse processo, a gengiva cicatriza e se fixa novamente na superfície saudável e limpa dos dentes.
Depois de algumas semanas, o(a) dentista avalia a cicatrização e decide se é necessário um tratamento adicional.
No caso de periodontite mais grave, uma das dúvidas mais comuns é sobre como restaurar a limpeza dos dentes e como reparar os dentes amolecidos pela doença periodontal.
Se o tecido gengival não se aderir bem ao redor do dente depois da raspagem e do alisamento radicular, talvez não seja possível manter limpa a área profunda da bolsa periodontal.
Isso significa que pode ser necessário reduzir a bolsa periodontal ou fazer uma cirurgia a retalho. Ao dobrar o tecido gengival para trás, o dentista pode remover bactérias infecciosas e alisar áreas danificadas do osso.
Em seguida, o tecido gengival é reinserido no osso saudável.
Se as raízes dos dentes estão expostas por causa da retração gengival, provocada pela doença periodontal, os enxertos de gengiva podem recobri-las.
O(a) dentista retira então o tecido do palato ou de outra região e o utiliza para cobrir as raízes de um ou mais dentes. Cobrir as raízes expostas ajuda a reduzir a sensibilidade e as protege contra a cárie, ao mesmo tempo em que interrompe a retração gengival e a perda óssea.
Os lasers revolucionaram vários setores, e a odontologia não é exceção. Embora a terapia periodontal a laser ainda seja uma técnica recente, demonstra resultados promissores para os pacientes elegíveis a esse tipo de tratamento.
Existem alguns benefícios evidentes dessa nova terapia, como a capacidade de o laser de atacar a doença com precisão, de forma menos invasiva. O tempo de recuperação mais curto também é um fator.
Mas não há provas suficientes que demonstrem que a terapia a laser é melhor do que outras. Por isso, converse com o(a) dentista sobre todas as opções de tratamento disponíveis.
Um abscesso periodontal pode, às vezes, ocorrer devido à doença periodontal avançada.
Esse abscesso é uma lesão vermelha e inchada na margem gengival. Por isso, se você sentir de repente uma dor aguda na gengiva, é melhor consultar um(a) dentista rapidamente porque um abcesso precisa ser tratado o quanto antes.
O tratamento da infecção da gengiva nesse caso geralmente envolve a drenagem do abscesso e a limpeza profunda da área. Os antibióticos também podem ajudar a garantir a cura da infecção.
Algumas infecções gengivais podem ocorrer quando um dente (geralmente um dente do siso) tenta nascer (irromper), mas fica retido ou impactado.
Um pequeno retalho de tecido gengival se forma sobre esse dente, onde os alimentos podem se acumular. Ou seja, uma condição perfeita para as bactérias se proliferarem, levando à infecção por pericoronarite. Normalmente, o(a) dentista indica enxaguar a boca com água e sal para remover os alimentos ou detritos presos. Se as bactérias persistirem, poderá então prescrever um ciclo de antibióticos.
O enxerto ósseo é um procedimento cirúrgico que promove o crescimento do osso em uma área afetada pela doença periodontal.
Durante esse tipo de tratamento, o(a) dentista elimina as bactérias e, em seguida, enxerta o osso natural ou sintético na área onde há perda óssea.
Nesse procedimento, o(a) dentista também poderá usar proteínas que estimulam os tecidos para ajudar o organismo a regenerar efetivamente os ossos e tecidos.
Sim, principalmente em casos de presença de doença periodontal agressiva em algum familiar próximo.
Por esse motivo, o acompanhamento contínuo e preventivo com um(a) dentista essencial, pois detectar a inflamação na gengiva na fase inicial, gengivite, pode ajudar a evitar que o quadro se agrave para uma periodontite agressiva.
Sim, principalmente quando não tratada por um(a) dentista, pois neste estágio da doença os dentes estão amolecidos e movimentam-se na gengiva.
Para evitar o agravamento da inflamação e infecção na gengiva, o mais indicado é realizar a higiene bucal diária adequadamente e em caso de algum sintoma consultar com um(a) dentista para determinar o melhor tratamento.
Sim, porém o tratamento precisa ser realizado em consultório por um(a) dentista, o qual poderá estabilizar o avanço da doença, evitando a perda óssea dos dentes.
Este artigo tem como objetivo informar e difundir o conhecimento sobre tópicos gerais de saúde bucal. Esse conteúdo não deve substituir a orientação, o diagnóstico nem o tratamento profissional. Sempre procure a orientação do seu dentista ou de outro especialista para quaisquer dúvidas que você possa ter com relação à sua condição médica ou ao seu tratamento.