Mulher com dentes brancos sorrindo com amigos
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O estresse e outros fatores de risco podem causar aftas?

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De todos os tipos diferentes de lesões na boca, as aftas podem ser as mais misteriosas. Não se sabe muito bem por que as pessoas têm aftas.  Elas se desenvolvem no interior da boca, bochechas e lábios e na língua e gengiva. Embora não sejam contagiosas, a dor pulsante pode ser desagradável. Se você tem uma afta, o estresse ou a ansiedade podem ser uma possível influência.

Se você acha que suas aftas estão relacionadas aos níveis de estresse, aprender a reconhecer e controlar seus gatilhos pode ajudá-lo a evitar uma agudização.

Compreendendo as causas das aftas

Embora a causa específica das aftas não seja conhecida, dentistas e médicos observaram alguns fatores de risco. Por exemplo, o Escritório de Saúde da Mulher dos EUA aponta que as mulheres costumam ter mais aftas do que os homens, então a biologia pode ter uma influência. Uma lesão no interior na boca, provocada, por exemplo, por uma mordida na bochecha ou nos lábios, também pode aumentar o risco de desenvolver uma afta, assim como fatores emocionais, como estresse e fadiga.

Alguns pequenos estudos examinaram o papel que a ansiedade e a depressão exercem no desenvolvimento de aftas ou estomatite aftosa recorrente (EAR), que são aftas que se formam frequentemente. O Manual Merck estima que a EAR ocorre em 20% a 30% dos adultos.

Um estudo publicado na revista Journal of Oral Pathology and Medicine avaliou a influência da ansiedade, do estresse psicológico e da depressão sobre a EAR. Depois de dar aos participantes uma série de questionários e testes psicológicos, os pesquisadores determinaram que parecia haver uma relação entre o estresse, a depressão e a ansiedade e os sintomas desse problema bucal.

Um segundo estudo, publicado na revista Contemporary Clinical Dentistry, avaliou os perfis psicológicos e os níveis de cortisol na saliva (que pode indicar estresse) de pessoas com EAR. Embora o estudo tenha sido pequeno, os pesquisadores puderam concluir que os níveis de ansiedade e depressão eram maiores em pessoas com EAR do que no grupo de controle.

A influência do estresse sobre as aftas

Não se sabe ao certo como o estresse pode causar aftas. Uma hipótese, declarada em um artigo publicado na revista Journal of Oral and Maxillofacial Pathology, é que as pessoas tendem a morder as bochechas ou os lábios quando estão ansiosas ou estressadas, causando uma lesão na boca, que pode resultar no desenvolvimento de aftas. O mesmo artigo menciona outros estudos que sugerem que o estresse pode desencadear aftas, mas não é uma causa direta.

Como reduzir as aftas durante o estresse

Se você percebeu que o estresse ou a ansiedade parecem desencadear aftas, aprender a controlar seu estresse pode ajudá-lo a evitar uma agudização. O controle do estresse também pode trazer outros benefícios para a saúde bucal, já que existe uma possível relação entre o estresse e a doença gengival.

Existem algumas maneiras de reduzir o estresse. Respirar fundo quando estiver em uma situação tensa pode ajudar a acalmar. Praticar meditação também pode ajudá-lo a se sentir mais tranquilo. Se seus níveis de estresse forem constantemente altos, talvez você tenha que fazer mudanças mais significativas, como reduzir a carga de trabalho ou obter mais ajuda em casa. Sempre consulte um médico antes de fazer qualquer alteração importante no estilo de vida ou se estiver se sentindo sobrecarregado.

Embora as aftas, em geral, não passem de um pequeno incômodo, é uma boa ideia entrar em contato com o dentista se elas ocorrerem com frequência ou medirem mais de um centímetro. O dentista pode recomendar tratamentos para aliviar o desconforto causado pelas lesões e ajudá-lo a descobrir sua causa raiz. Mantenha seus hábitos diários de higiene bucal e considere a possibilidade de adicionar um enxaguante bucal à sua rotina. Fazer bochechos com um enxaguante bucal limpa as lesões e alivia as irritações bucais.

Este artigo tem como objetivo informar e difundir o conhecimento sobre tópicos gerais de saúde bucal. Esse conteúdo não deve substituir a orientação, o diagnóstico nem o tratamento profissional. Sempre procure a orientação do seu dentista ou de outro especialista para quaisquer dúvidas que você possa ter com relação à sua condição médica ou ao seu tratamento.