Presente em alguns bebês ao nascer, a úvula bífida é um distúrbio de desenvolvimento e é a forma menos grave de um grupo de anomalias identificadas no nascimento, como lábio leporino e fenda palatina.
Por que a úvula bífida ocorre?
Assim como o lábio leporino e a fenda palatina, a bifurcação da úvula é criada quando os tecidos dos dois lados do céu da boca não se unem adequadamente no meio. Entretanto, ao contrário do lábio leporino e da fenda palatina, algumas vezes não é possível diagnosticar essa anomalia antes do nascimento, pois ela pode não ser visível nos exames de ultrassonografia de rotina.
A fenda palatina submucosa também pode ser diagnosticada juntamente com a úvula bífida, e essa associação pode ser mais preocupante do que a úvula bífida isolada. Nesse caso, o tratamento da fenda palatina pode exigir cirurgia para reparar e fechar o espaço aberto, explica o Centro de Controle e Prevenção de Doenças.
Assim como nos tipos graves de fendas, o bebê pode ter uma incidência mais alta de infecções de ouvido ou problemas para mamar, mas a anomalia da úvula não afeta a alimentação ou a fala tanto quanto a fenda no palato.
Tratamento recomendado para úvula bífida
Quando uma criança é diagnosticada com úvula bífida, a equipe de cirurgia normalmente envolve um dentista, um cirurgião-dentista, um especialista em ouvido, nariz e garganta (otorrinolaringologista) e, possivelmente, um fonoaudiólogo, dependendo da gravidade da fenda (orifício no céu da boca). A cirurgia geralmente envolve o fechamento do palato e da úvula enquanto a criança é bem nova (2 anos ou menos), e possivelmente mais cirurgias à medida que a ela se desenvolve.
Apesar das preocupações que alguns pais podem ter, a úvula bífida e qualquer fenda associada a ela são condições que pode ser facilmente corrigidas e, com tratamento e acompanhamento adequados, o paciente pode esperar ter uma boca saudável por toda a vida.